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Reparação de Danos

Atingidos enviam relatório sobre os descasos da Fundação Renova

O documento foi elaborado a partir do debate entre moradores das comunidades atingidas e órgãos competentes.

Publicado em 31/03/2021 às 03:24
Atualizado em

Construção do Novo Bento (Foto: Fundação Renova)

Prefeitura de Mariana, Câmara dos Vereadores, Defensoria Pública, Ministério Público e outras instituições receberam relatório detalhado sobre os sucessivos descasos da Fundação Renova no processo de reparação às famílias atingidas pela Barragem de Fundão, em Mariana. O documento foi elaborado a partir do debate entre moradores das comunidades atingidas, Comissão de Atingidos pela Barragem de Fundão (CABF) e equipe de Assessoria Técnica, realizada pela Cáritas Brasileira Regional Minas Gerais.

O prazo determinado pela Justiça para a entrega de moradias às famílias atingidas pelo crime das mineradoras Samarco, Vale e BHP, em Mariana (MG) foi descumprido pela terceira vez no dia 27 de fevereiro. Com isso, as mais de 500 famílias dos subdistritos de Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo, Camargos, Ponte do Gama, Paracatu de Cima, Borba, Pedras e Campinas seguem sem moradia desde 2015.

Ainda é possível verificar que as obras de reassentamento coletivo de Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo quase não progrediram, bem como os atendimentos dos casos de reassentamento familiar e reconstrução estão estagnados.

Segundo informações trazidas no documento "a morosidade do processo de reparação do direito à moradia das famílias atingidas em Mariana, que remonta desde à compra dos terrenos destinados aos reassentamentos até à ineficiência na execução dos cronogramas de obra, tem gerado enorme incerteza às vítimas do rompimento de Fundão e o agravamento da precariedade própria da situação provisória em que se encontram desde 05 de novembro de 2015".

Ainda de acordo com o documento "enquanto as famílias cobram celeridade, muitas vezes renunciando aos seus desejos a fim de contribuir para a conclusão do atendimento, a Fundação Renova tem espaçado cada dia mais os atendimentos, além de não despender o mesmo tratamento a todas as famílias. Há famílias sendo atendidas quinzenalmente, enquanto outras passaram um ano sem qualquer tipo de atendimento. Há casos complexos em fase de conclusão, enquanto casos simples estão em fase inicial. Ademais, são falhos os canais de comunicação disponibilizados pela Fundação Renova e as famílias que buscam atendimento reclamam do tempo de resposta e da demora para agendamento de reuniões".

O documento completo, com as considerações e insatisfações da população atingida, pode ser acessado aqui


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