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REUNIÃO

Câmara debate inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho

Foi discutida a possibilidade de maior inserção dessas pessoas nas empresas de Mariana

Publicado em 30/08/2019 às 07:39

Uma palavra foi o cerne da reunião que aconteceu na tarde desta terça-feira, 27, na Câmara Municipal de Mariana: inclusão. A necessidade de adequação por parte das empresas locais e multinacionais atuantes no município à legislação vigente que determina a reserva de vagas em postos formais de emprego para pessoas com deficiências foi debatida durante o encontro, requerido pelo vereador Juliano Duarte (Cidadania).

“O que nós vemos é uma variedade de instituições que possuem estrutura e condições em nossa cidade de amparar as pessoas com algum tipo de deficiência, mas não há a contrapartida das empresas para receber esses cidadãos e inseri-los de forma positiva no mercado de trabalho”, declarou o edil. Segundo Juliano, é necessário que seja feito um diagnóstico local do número de pessoas com deficiência em Mariana e traçar políticas públicas e estratégias comerciais que incluam esta parcela da população.

Participaram do encontro, também, representantes das entidades Comunidade da Figueira, Associação das Pessoas com Deficiência de Mariana (ADEM), a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Mariana (APAE), das empresas Vale e Samarco, da Fundação Renova, e da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Mariana (ACIAM). O objetivo foi discutir a realidade do município sob o aspecto da inclusão e traçar estratégias para promovê-la.

As entidades sociais externaram preocupação sobre o cenário atual. Segundo seus representantes, os assistidos possuem competência e capacidade para atuar no mercado de trabalho, seja de forma direta ou indireta, mas que nenhuma iniciativa será suficiente para mudar este quadro se não houver a qualificação desses futuros profissionais. A diretora da Comunidade da Figueira, Solange Gomes, ressalta a importância dessa ação. “Vemos o amor nos olhos dos nossos alunos, muitos deles fazem questão de nos ajudar nas atividades diárias e se sentem parte da nossa força de trabalho. Porque não fazer com que eles sejam úteis efetivamente na sociedade?”, ponderou a voluntária. O presidente da APAE Mariana, Antônio do Carmo, afirmou que já existem seis assistidos que atuam no mercado de trabalho local, mas que este número poderia ser ainda maior se houvesse a capacitação da mão de obra.

Ao final da reunião ficou decidido que novos encontros para debater os temas serão realizados, mas que haverá a elaboração, por parte da empresas, em diálogo com as entidades, de um projeto para a qualificação das pessoas com deficiência em Mariana.


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