O cenário de pandemia vem nos assustando e mudando nossas perspectivas sobre a sociedade. Vemos números se transformar em nomes e endereços conhecidos, nossos amigos não podem frequentar a nossa casa, festas e compromissos sociais são cancelados… aniversários, casamentos, eventos… nossa forma de interagir vem se restringindo mais e mais.
Ao passo que isso acontece, nós precisamos de um refúgio. Precisamos ter onde e como relaxar a cabeça e descontrair. Precisamos de uma terapia que envolva o entretenimento. E, em grande parte dos cenários, essa terapia envolve contextos artísticos diversos.
Para muitos, a arteterapia é algo não somente a se fazer, como também a se desfrutar. Música, cinema, escultura, pintura, costura, dança, colagens, fotografia… ao nos deitarmos para assistir um filme em busca de relaxar, estamos nos ancorando na arte.
Ou, ao ouvirmos uma música para distrair a mente, nos deixamos levar pela cultura. Ao colocarmos um desenho para os filhos assistirem, ouvindo suas risadas e notando o brilho de alegria em seu olhar, incentivamos o consumo da arte pelas crianças. Então, a arte salva!
Que possamos incentivar os artistas de nossa região, que possamos praticar a terapia de ser nós mesmos por meio da arte. Que possamos abrir as portas e janelas de nossas almas para a luz do saber entrar! Porque em nossos momentos de maior alegria, ou mesmo de tristeza, a arte estará lá para nos acolher.
Em Mariana há uma cultura do barroco, do sacro, das bandinhas e dos museus. Que coisa linda de se ver! A cidade é um patrimônio, transpira história e narrativas marcantes. Mariana é um quadro vivo em nosso cotidiano com sua arquitetura única e monumental, com seus escultores, pintores, musicistas e profissionais diversos do artesanato. É o passado que transita no presente e se projeta no futuro. Mariana é música, é canto, é dança, é arte.
E a arte está em tudo aqui - nossas casa, roupas, sapatos, utensílios, presentes, objetos, conteúdos que absorvemos e várias outras formas e expressões - seja pelo design moderno, pela opulência da tecnologia, pela simplicidade do barro ou pelo toque das cerdas de um pincel no tecido da tela, a arte está conosco.
Que possamos estar com ela! Que possamos apoiar a tecnologia, a pesquisa, a extensão mas também a arte, a cultura, a educação… que possamos reconhecer o bem que nos faz ouvir uma banda, uma “voz e violão”. Que, especialmente no momento atual, nos deixemos levar pela luz do saber que não vem só do mundo mas também do coração.
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[Este texto foi produzido pela jornalista Júlia Souza, não sendo de redação do Portal da Cidade e, deste modo, pode não representar as opiniões da empresa.]
