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DESASTRE

Renova promove visita aos distritos afetados pelo rompimento da barragem

Encontro, no entanto, foi restrito à imprensa local.

Publicado em 09/07/2018 às 08:26
Atualizado em

Igreja de Santo Antônio (Foto: VH Gonzaga)

Giorgio Peixoto, Líder de Operações Agroflorestais da Fundação Renova. (Foto: VH Gonzaga)

Uma das 33 sirenes espalhadas pelos locais. (Foto: VH Gonzaga)

Nível que a lama chegou em Barra Longa. (Foto: VH Gonzaga)

Senhor Rafael, proprietário de terra em Gesteira. (Foto: VH Gonzaga)

Destroços de Paracatu de Baixo (Foto: VH Gonzaga)

Destroços de Paracatu de Baixo (Foto: VH Gonzaga)

Destroços de Paracatu de Baixo (Foto: VH Gonzaga)

Destroços de Paracatu de Baixo (Foto: VH Gonzaga)

Destroços de Paracatu de Baixo (Foto: VH Gonzaga)

Destroços de Paracatu de Baixo (Foto: VH Gonzaga)

A Fundação Renova promoveu, na última quinta-feira (5), um evento que proporcionou a membros da imprensa de Mariana e Ouro Preto uma visitação a algumas áreas afetadas pelo desastre ambiental ocorrido em novembro de 2015, em decorrência do rompimento da Barragem de Fundão.  Ao todo, 39 municípios (incluindo distritos) foram prejudicados, dois locais foram totalmente devastados (Bento Rodrigues e Paracatu de Baixo) e um, parcialmente (Gesteira).

No encontro, chamado de “Vimver”, antes da saída para os locais, foi realizada uma reunião na sede da Fundação, localizada em frente à Praça Gomes Freire, na qual houve repasses sobre como seria o dia. Uma das ideias era mostrar o que já foi feito em benefício da população afetada e dos distritos que foram visitados.

A primeira parada foi no distrito de Barra Longa. Ali, algumas obras de melhorias nas residências que beiram o Rio Carmo, que transbordou em consequência da grande quantidade de rejeitos liberados pela barragem, que ficava localizada a 70 quilômetros de distância do local, foram mostradas. Foram realizadas pinturas nas fachadas, instalação de estações de monitoramento do ar, para verificar a qualidade do ar respirada pela população, obras de desassoreamento dos rios, para evitar enchentes, reforma de praças, construção de um campo de futebol, entre outras melhorias.

A segunda parada foi na zona rural do distrito de Gesteira, onde foram mostradas algumas obras de melhorias em uma propriedade local. Na fazenda, utilização de técnicas de melhoramento do pasto, visão de uma fossa séptica e demonstração de técnicas de recuperação do solo.

Após isso, a equipe se deslocou para Gesteira de Baixo, região altamente afetada pela lama. Chegando ao local, foi concedida uma entrevista com o Engenheiro Civil Geotécnico, Giorgio Peixoto, Líder de Operações Agroflorestais da Fundação Renova, que explicou um pouco sobre as ações realizadas até o momento na região. Segundo ele, ações envolvendo a cobertura vegetal do local levam tempo para serem colocadas em prática, pois demandam de muitos testes e estudos, haja vista que a replantação da área verde é dada em um ambiente que tem em sua base térrea rejeitos da barragem.

Por fim, visitamos Paracatu de Baixo, local que teve suas terras altamente devastadas pela passagem da lama. O pouco que resta é cenário do que se assemelha a um filme que retrata uma cidade abandonada. O que resta de pé são algumas poucas edificações e a igreja local, marcada em sua lateral pela lama, dando parâmetro para a altura que a lama chegou.

Questionados sobre a não visitação de Bento Rodrigues durante o trajeto, os assessores disseram que a população não se mostra solícita a este tipo de encontro, além de afirmarem que os distritos se localizam em direções opostas, tornando difícil a viabilidade em função do tempo de percurso.

Também questionamos sobre a possibilidade de abrir este tipo de visitação à população marianense, que talvez nunca tenha visto de perto o tamanho do desastre, a não ser por intermédio de jornais ou televisão. A este respeito, foi respondido que, por ora, não. Os convites são de ordem institucional, porém, existe a possibilidade de se indicar visitantes ao local com uma justificativa cabível. 

Ao fim da visita, fomos comunicados por um dos assessores que, ainda na quinta-feira, a Renova havia recebido a licença ambiental para reassentamento de Bento Rodrigues. Esta informação é uma das mais importantes no que diz respeito ao início das atividades de construção do novo distrito para os moradores atingidos. A fundação tem, agora, 22 meses até a entrega das estruturas para a população.  

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