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Faop vence o Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade 2020

A premiação tem abrangência nacional e é considerada a mais expressiva na área do Patrimônio Cultural brasileiro.

Publicado em 16/12/2020 às 03:30
Atualizado em

Curso de Conservação e Restauro (Foto: Filipe Barboza | Asscom FAOP)

A Fundação de Arte Ouro Preto | FAOP foi declarada vencedora do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade nesta terça-feira. Com ação intitulada “Formação de Restauradores em estreita relação com comunidades de Minas Gerais”, a fundação receberá, assim como outras 11 iniciativas, R$ 20 mil em recursos do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

De acordo com o secretário de estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira, o prêmio consolida o importante trabalho que a FAOP tem realizado ao longo dos anos. “Esse reconhecimento do maior prêmio de preservação do patrimônio histórico brasileiro é, sem dúvidas, um grande incentivo para a FAOP. Além de preservar nossa memória, a instituição se dedica a formar profissionais dedicados a esse trabalho tão criterioso. Conquistar uma premiação tão relevante é um estímulo ainda maior para que a FAOP siga firme na sua bela missão de preservar nossos bens e, certamente, nossa história”, destaca o secretário. 

A premiação tem abrangência nacional e é considerada a mais expressiva na área do Patrimônio Cultural brasileiro, reconhecendo anualmente ações de excelência no segmento.  

Como não poderia ser diferente, a notícia foi recebida com grande alegria por todos os profissionais da FAOP.  

“Estamos extremamente felizes em ganhar um prêmio tão relevante para o Patrimônio Cultural do país. É o reconhecimento do trabalho desenvolvido há 52 anos pela FAOP e uma prova de que estamos no caminho certo. Nossa luta tem sido gigantesca, e receber um prêmio tão importante é uma verdadeira coroação. Parabéns a todos que fizeram e fazem parte dessa importante história que vamos construindo — a dedicação de todos vocês fez isso ser possível”, celebra Júlia Mitraud, presidente da FAOP.  

A PREMIAÇÃO

A premiação recebeu mais de 515 inscrições, que aconteceram principalmente online, por conta da pandemia de Covid-19.

Os vencedores do prêmio são de Minas Gerais, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Ceará, Pernambuco, Amapá e Rio Grande do Norte. Além disso, cinco ações de Ceará, Bahia, Espírito Santo, Tocantins e Rio Grande do Sul vão receber menções honrosas pelo trabalho desenvolvido. 

Todos os projetos passaram por análises regionais e pela apreciação da Comissão Nacional de Avaliação, composta por 21 membros, entre eles os cinco diretores do Iphan e seu presidente.  

AÇÃO VENCEDORA

  A ação da Faop venceu na categoria 1: Ações de excelência no campo do Patrimônio Cultural de natureza material, segmento II – Administração direta e indireta municipal. 

A intenção da iniciativa é promover a formação de técnicos conservadores-restauradores, articulada com a preservação de acervos comunitários.

Além disso, o projeto visa deixar um legado para as comunidades e para os alunos, que desde o início da formação convivem com a valorização e a diversidade da herança cultural brasileira, atuando efetivamente na preservação de seus bens culturais móveis.  

Os alunos do Curso Técnico em Conservação e Restauro da FAOP são estimulados a interagir com a comunidade local durante o estágio supervisionado obrigatório, intrínseco às práticas de ateliês. 

Nesta etapa da formação o aluno realiza atividades em três áreas, papel, escultura policromada e pintura de cavalete. O estágio se encerra mediante a conclusão dos processos de restauro e a entrega dos relatórios finais.  

Esta estratégia de ensino-aprendizagem propicia aos alunos formação consistente, fortalecendo a segurança para atuação no mercado de trabalho e, às comunidades guardiãs, o tratamento necessário e adequado aos seus acervos, propiciando longevidade à preservação dos bens.  

A presidente da Faop, Júlia Mitraud, ressalta a importância desta ação para o processo de formação dos alunos e para as comunidades atendidas. “A ação desenvolvida pela FAOP reforça a sua missão institucional, de formar cidadãos para atuar com excelência na preservação de bens culturais em um trabalho que dialoga com as comunidades guardiãs”, afirma Júlia.

O processo de restauração é gratuito. A comunidade arca somente com os custos relativos a serviços de terceiros tais como transporte, marceneiro ou escultor especializado para estruturação e complementação de suporte. O acervo permanece na FAOP por 24 meses.

Durante esse período, a comunidade é convidada a visitar e acompanhar os pro­cedimentos que estão sendo realizados. Na oportunidade visitam os Ateliês, onde conhecem a estrutura do Curso, compreendendo as diversas etapas dos processos de restauro e os alunos ampliam a perspectiva e o entendimento da profissão e do objeto de estudo.


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