Portal da Cidade Mariana

Fé e devoção

Mineira Isabel Cristina, morta com 15 facadas, é beatificada em Barbacena

A cerimônia de beatificação foi realizada, na manhã deste sábado, no Parque de Exposições Senador Bias Fortes

Publicado em 10/12/2022 às 18:35

Em outubro de 2020, ela teve o martírio reconhecido pelo Papa Francisco, mas devido à pandemia, a solenidade ocorre mais de dois anos depois. (Foto: Redes sociais/divulgação)

A Serva de Deus Isabel Cristina Mrad Campos foi beatificada em Barbacena, cidade natal da religiosa, neste sábado (10). Morta a facadas, após se defender de violência sexual, quando tinha 20 anos, a mártir é modelo para os fiéis que recorrem a ela pedindo proteção. 

A celebração solene com o rito de beatificação presidida por Dom Raymundo Damasceno Assis, cardeal emérito de Aparecida (SP), diante da impossibilidade da presença do Prefeito do Dicastério da Causa dos Santos, o cardeal Marcello Semeraro.

A cerimônia começou às 10h deste sábado (10) no Parque de Exposições Senador Bias Fortes, no Bairro João Paulo, em Barbacena. Diversas paróquias da cidade participaram da celebração e centenas de pessoas estiveram no parque de Exposição para pedir graças à Beata. A cerimônia foi transmitida pelo canal no youtube da Arquidiocese de Mariana. 


História

Para realizar o sonho de ser médica, Isabel mudou para Juiz de Fora, na Zona da Mata, em 1982, visando realizar um curso pré-vestibular. Em 1º de setembro daquele ano, um homem foi montar um guarda-roupa no apartamento para onde ela se mudou com o irmão, Paulo Roberto, e tentou violentá-la. A jovem resistiu dando uma cadeirada na cabeça, amarrou, amordaçou e rasgou as roupas do agressor. Devido ao enfrentamento, Isabel acabou sendo morta com 15 facadas. 

O crime cruel teve grande repercussão e abalou a família e todos que souberam da violência sofrida pela jovem. “Passados 40 anos ainda presenciamos crimes semelhantes contra as mulheres. Enquanto sociedade devemos acordar e elaborar políticas públicas que garantam a defesa da vida das mulheres e promovam a segurança delas. Por trás de uma violência contra a mulher, devemos lembrar, que está o incentivo e a forma perversa que a sociedade estimula para a vivência da sexualidade depravada”, afirma o monsenhor Danival.

Fonte:

Deixe seu comentário