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Polêmica

Auxílio emergencial em alguns casos é empréstimo e pode ter que ser devolvido

(Atualização) Trabalhador terá que devolver os R$ 600 do auxílio emergencial se tiver aumento de renda

Publicado em 02/06/2020 às 03:45
Atualizado em

(Foto: Google Imagens)

A lei do auxílio emergencial sofreu uma nova alteração, que configura o benefício como um "empréstimo" para aqueles que conseguirem se restabelecer financeiramente até 2021.

A mudança feita pelo Senado e sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro determina que quem quem receber em 2020 mais que o limite de isenção do Imposto de Renda (IR) terá que devolver o valor integral em 2021, inclusive o referente aos seus dependentes.

No presente momento, quem recebe menos de R$ 28.559,70 no ano inteiro, incluindo, por exemplo, salários, aposentadorias e aluguéis não paga o Imposto de Renda, e também não precisará devolver o valor referente ao auxílio.

A lei do auxílio emergencial não incluía pessoas que tivessem recebido valor maior do que R$ 28.559,70 em 2018, deixando de fora pessoas que tinham certa renda há dois anos atrás, mas que no cenário atual necessitavam de auxílio governamental diante da crise. 

De acordo com o relator do texto final, o senador Espiridião Amin (PP-SC), existia um acordo com o governo federal para que as duas alterações fossem aprovadas; juntas, elas formariam, segundo ele, um critério mais justo para analisar quem teria direito às parcelas. 

No entanto, o senador diz que o governo não acatou com as determinações acordadas e aprovou apenas metade do acordo. Dessa forma, Bolsonaro manteve o critério que exclui pessoas por causa da renda de 2018, mas sancionou medida que exige devolução do valor recebido por quem se recuperar ao longo de 2020. 

Quem recebeu mais do que R$ 28.559,70 em 2018 segue sem direito a receber e agora quem superar essa renda neste ano terá de devolver o valor recebido no IR 2021 . A soma para chegar ao teto de isenção deve reunir todos os valores tributáveis, incluindo, por exemplo, salários e aluguéis recebidos. Em termos práticos, todos os que precisarão declarar o Imposto de Renda no ano que vem e tiverem recebido o auxílio serão cobrados pelo valor. 

Como a concessão do auxílio já esteve desde o princípio atrelada a um limite de renda, a tendência é que boa parte dos que receberam os R$ 600 não tenham que devolver o dinheiro em 2021, já que não irão superar a renda máxima neste ano, sobretudo por conta dos fortes efeitos da pandemia sobre a economia. 

Por outro lado, para quem se recuperar financeiramente neste ano, o auxílio será, de fato, uma forma de empréstimo. Segundo o governo, o limite de renda torna o benefício mais justo e reduz o impacto sobre as contas públicas, e a cobrança somente no ano que vem impede que os trabalhadores fiquem desamparados em meio ao agravamento da crise. 


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