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Criação de abelhas nativas sem ferrão gera renda para comunidades

Uma das frentes de ação da Fundação Renova é o fomento à economia local.

Publicado em 19/12/2020 às 03:05
Atualizado em

(Foto: Fundação Renova I Divulgação)

(Foto: Fundação Renova I Divulgação)

Uma das frentes de ação da Fundação Renova é o fomento à economia local. Entre as iniciativas, está o incentivo à criação de abelhas nativas sem ferrão, na foz do rio Doce.

Desde 2018, as comunidades de Regência, Povoação, Areal e Entre Rios, em Linhares (ES), desenvolvem projetos ambientais com as abelhas nativas. Agora, o projeto da Renova entra em nova fase, com incentivo à criação das abelhas nativas para geração de renda e inclusão da comunidade de Degredo, também em Linhares.

Em 14 de dezembro, foi lançado edital para selecionar até duas instituições para apoiar o projeto, que é destinado à produção de mel e derivados para comercialização. A previsão é de que cerca de 80 famílias sejam atendidas.

A primeira etapa do projeto de criação de abelhas teve início em 2018, em parceria com a Associação dos Meliponicultores do Espírito Santo (AME-ES), e tinha foco ambiental, já que as 90% das espécies de árvores da Mata Atlântica dependem da polinização das abelhas sem ferrão para se reproduzirem.

Na época, foram capacitadas 36 famílias (120 pessoas) das comunidades de Regência, Povoação, Areal e Entre Rios, em Linhares (ES), com treinamentos, oficinas, visitas e informações sobre manejo e legislação para a criação de abelhas sem ferrão, além de entrega de 95 colônias de abelhas.

Agora, o foco é a geração de renda. “O edital é um reflexo do interesse das famílias em continuar o trabalho de criação de abelhas. As famílias e a Fundação Renova acreditam que a iniciativa vai ser uma significativa fonte de renda para a comunidade. São abelhas nativas, que participam da polinização das plantas e das frutas”, diz Kadio Aristide.

GASTRONOMIA E MELIPONICULTURA

A meliponicultura é uma atividade sustentável de criação de abelhas nativas sem ferrão, destinadas à produção de mel e derivados. A escolha das abelhas sem ferrão, diferentemente do que ocorre na apicultura, levou em consideração a experiência prévia das comunidades com o manejo das abelhas, a segurança dos produtores e a facilidade de manipulação. A produção também pode ser feita em área urbana.

O mel das abelhas sem ferrão tem sido valorizado pela gastronomia por ter mais acidez e nuances de aromas e sabor. Em um cenário de resgate e valorização de ingredientes brasileiros, os produtos das abelhas nativas têm sido defendidos por grandes chefs, como Alex Atala e o baiano Caco Marinho, e gradativamente vêm ganhando espaço na casa dos brasileiros.

De acordo com Kadio Aristide, além da venda do mel, as famílias também poderão ter renda por meio da comercialização dos subprodutos. “A cera é muito utilizada para uso medicinal e estético. Atualmente, o pólen desidratado, rico em nutrientes, também tem sido vendido como complemento nutricional”, explica.


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