Nas próximas semanas, milhões de trabalhadores receberão a primeira parcela do 13º salário, e a segunda parcela deverá ser depositada em dezembro para aqueles com carteira assinada. Para os servidores públicos, não há data única, podendo variar conforme o calendário dos Estados e municípios.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), somando os aposentados, pensionistas, servidores públicos e trabalhadores da iniciativa privada, o 13º salário deverá injetar mais de 214 (duzentos e quatorze) bilhões de reais na economia nacional nos próximos meses. A soma equivale a cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Segundo a mesma fonte, os valores serão maiores que 2018, favorecendo o comércio em todas as regiões.
Este ano há ainda uma novidade, os beneficiários do Bolsa Família também receberão 13º. Serão mais de R$ 2 bilhões extras que será depositado em dezembro, para 13,5 milhões de famílias do programa.
A boa notícia é que a economia brasileira apresentou algumas reações positivas nos últimos meses, mas apesar dos pequenos avanços, grande parte dos trabalhadores apresentam contas vencidas. Nesse caso, o cuidado deve ser redobrado. Fim de ano é um momento oportuno para fazer um balanço da vida financeira, a fim de iniciar o ano seguinte com a “casa em ordem”.
Pensando nas diversas situações, apresento cinco pontos importantes para que esse recurso seja utilizado da melhor forma possível.
1. Faça um planejamento. Relacione seus ganhos, seus gastos e eventuais dívidas. Anote em um caderno ou planilha, defina suas metas e estabeleça prioridades. Feito isso, é hora de partir para a ação!
2. Com o dinheiro na mão, o mais indicado é liquidar as dívidas. Mas calma, nada de correr. É importante negociar, pois há grandes chances de conseguir descontos. Lembre-se, são duas partes interessadas: o credor e o devedor, logo, é possível chegar a um acordo que beneficie ambas as partes.
3. Se as dívidas forem variadas, priorize aquelas com juros maiores: cheque especial, cartão de crédito, parcelas de empréstimo e financiamentos. Mesmo nesses dois últimos casos (quando a parcela é fixa) é possível conseguir bons descontos.
4. Se estiver no zero a zero: sem dívidas, mas com as despesas no limite, evite gastar todo o 13º salário. Claro, se preferir convém utilizar uma parte para as compras de Natal. No entanto, 2020 se aproxima e é importante se organizar para as contas de janeiro: IPVA, IPTU, despesas de fim de ano e gastos com a escola dos filhos. Janeiro é um mês atípico e geralmente o salário mensal não é suficiente para cobrir todos os gastos.
5. Se a situação for mais confortável, separe uma parte do 13º para as despesas gerais e invista a outra parte. Aplicar no Tesouro Direto (Título do Governo Federal) é um bom começo para quem deseja iniciar o ano investindo.
Organize sua vida financeira e comece 2020 com as contas em dia. Faça isso por você!
Um grande abraço,
Welington Thiago P. Oliveira
Consultor Financeiro
Fonte: Dieese e Governo Federal