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Governo Federal bloqueia 30% do orçamento da UFOP

Com o corte, serviços básicos, incentivos à pesquisa e extensão, além de assistência estudantil estão comprometidos

Publicado em 06/05/2019 às 07:30
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Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da UFOP, localizado em Mariana (Foto: Google Imagens)

O Ministro da Educação do governo de Jair Bolsonaro, Abraham Weintraub, anunciou que o MEC irá cortar 30% do orçamento repassado para todas as Universidades e Institutos Federais do país, a partir do segundo semestre de 2019.

Diversas Universidades em todo o país já constataram bloqueio orçamentário, de acordo com notas emitidas pelas mesmas, o corte afetará desde de bolsas de incentivo à pesquisa, até o pagamento de contas básicas, como água e luz.

A Universidade Federal de Ouro Preto, que mantém dois campus em Mariana, o Instituto de Ciências Sociais Aplicadas (ICSA) e o Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS), também será afetada pelo corte advindo do Governo Federal.

De acordo com a reitoria da UFOP, a universidade já teve os 30% do orçamento bloqueado, atingindo assim, diversas áreas ligadas ao ensino, pesquisa e extensão, além de assistência estudantil e serviços terceirizados.

A Universidade recebia mensalmente R$ 65,6 milhões para o pagamento de despesas ligadas a manutenção, investimento e desenvolvimento de atividades ligadas à pesquisa e extensão, programas que beneficiam direta e indiretamente a população. Entre eles,  ações como por exemplo, a pesquisa da UFOP, que em 2018, descobriu a cura para a doença de chagas em animais.

O corte definido pelo governo retira do orçamento da Universidade R$ 20,8 milhões. De acordo com a reitoria da UFOP, caso a situação não seja revertida, serviços de extrema importância poderão ficar comprometidos, entre eles, manutenção, energia elétrica, vigilância, limpeza e aquisição de materiais.

Além disso estão comprometidas também a concessão de bolsas acadêmicas, a realização de trabalhos de campo e as excursões curriculares. Além da Assistência Estudantil, que beneficia pessoas de baixa renda que não tem condições de se manter na universidade. Fazendo com que, inclusive, isso impossibilite a permanência e a diminuição do número de alunos na instituição, impactando assim, nas economias das cidades no qual os campis estão instalados.

Diversas universidades e institutos federais, em nota, comunicaram que se o corte se mantiver, terão que paralisar as atividades no segundo semestre de 2019 por falta de verba para serviços básicos.

De acordo com o MEC, o corte foi motivado por um critério operacional, técnico e isonômico para todas as universidades e institutos.

A reitoria da Universidade Federal de Ouro Preto, também em nota, diz que manterá intenso diálogo junto ao Ministério da Educação,  a associação dos reitores (Andifes), entre outros órgãos, visando a manutenção das atividades da UFOP, de forma a garantir seus compromissos em favor da sociedade brasileira.

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