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Dívida

Samarco entra com pedido de recuperação judicial para manter suas atividades

O objetivo é equacionar a dívida para garantir proteção para ativos e postos de trabalho após retomada da produção em dezembro de 2020.

Publicado em 09/04/2021 às 21:34
Atualizado em

Samarco S/A (Foto: UOL Economias)

O pedido de Recuperação Judicial feito à Justiça de Minas Gerais visa a renegociação da dívida da mineradora, que teve suas operações paralisadas após o rompimento da barragem de Fundão em Mariana.

No fim do ano passado a empresa já havia retomado parte das suas atividades. Com 26% da sua capacidade produtiva, a empresa reativou um dos seus três concentradores, no Complexo de Germano (MG), e a usina de pelotização 4, no Complexo de Ubu (ES).

Antes de optar pela via protetiva da recuperação judicial, a Samarco buscou firmar um acordo extrajudicial com os seus credores para renegociar a dívida, mas não obteve sucesso. Segundo a mineradora, os credores impuseram demandas inviáveis.

Em nota, a empresa afirmou que entrou com a ação, pois busca manter as suas atividades de produção para que sua função social de geração de emprego, renda e tributos, seja preservada. 

Origem da dívida financeira

trecho retirado do material produzido pela Samarco

Grande parte da dívida financeira da Samarco com os credores foi contraída anteriormente ao rompimento da barragem do Fundão, que ocorreu em novembro de 2015. Até agosto de 2016, a Samarco buscou honrar seus compromissos e realizou pagamentos regulares aos credores.

Após esse período, a Samarco buscou uma negociação amigável para a reestruturação de sua dívida com os credores. Em 27 de novembro de 2018, a Samarco se reuniu com credores, visando a uma reestruturação consensual – o que foi seguido por trocas de propostas e contrapropostas. 

No ano passado, a Samarco fez esforços para retomar as negociações extrajudiciais com estes credores com a condução da due diligence técnica, além de diversas interações com os assessores financeiros e legais dos credores.

Porém, infelizmente, durante a discussão dos termos sob os quais as negociações de reestruturação poderiam ser retomadas, um grupo que representa parte dos detentores dos títulos (“bondholders”) requereu termos fora de mercado para iniciar as conversas e o engajamento não se tornou possível. Assim, alguns credores iniciaram a sequência de ações judiciais que levaram a Samarco a ajuizar uma RJ a fim de preservar a recente retomada operacional e o cumprimento das obrigações socioambientais.


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