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Comemoração

“Esse lugar, a Figueira, é a minha vida”

Comunidade da Figueira impressiona por cuidado a pessoas com necessidades especiais.

Publicado em 22/08/2018 às 08:39
Atualizado em

(Foto: Júlia Carvalho)

Parquinho Comunidade da Figueira (Foto: Júlia Carvalho)

Bazar Comunidade da Figueira (Foto: Júlia Carvalho)

Bazar Comunidade da Figueira (Foto: Júlia Carvalho)

Bazar Comunidade da Figueira (Foto: Júlia Carvalho)

Bazar Comunidade da Figueira (Foto: Júlia Carvalho)

Bazar Comunidade da Figueira (Foto: Júlia Carvalho)

Bazar Comunidade da Figueira (Foto: Júlia Carvalho)

(Foto: Júlia Carvalho)

(Foto: Júlia Carvalho)

(Foto: Júlia Carvalho)

(Foto: Júlia Carvalho)

(Foto: Júlia Carvalho)

Logo que cheguei, fui recebida com um abraço que demorou um tempo para soltar, fato esse que aconteceu mais de uma vez naquela mesma visita. A Comunidade da Figueira recebe com muito amor todos aqueles que os visitam. Formada por um corpo de 20 funcionários, 66 alunos e 4 voluntários, começam o dia com uma oração de agradecimento, um café da manhã e seguem com atividades de alfabetização e artesanato para pessoas de 9 a 86 anos com necessidades especiais.

Neste mês, todas as tardes têm sido ocupados por passeios e atividades fora da rotina como uma forma de comemoração ao mês dedicado a pessoas excepcionais. “Esse lugar, a Figueira, é a minha vida”, frase esta que ouvi de uma aluna e na mesma manhã, de uma monitora. Todos são cuidados por quem trabalha no local com muito carinho e dedicação.

A história

Foi fundada por Dom Luciano Pedro Mendes de Almeida em 1990. Em suas visitas pastorais aos lares, ele percebia que muitas vezes os portadores de deficiência física ou mental sofriam maus tratos ou, em outras circunstâncias, as famílias não sabiam lidar. Pensando nisso, ele procurou uma forma de serví-los, auxiliando na socialização formação espiritual deles, tal como no desenvolvimento cultural e cognitivo.

A partir dessa iniciativa, surgiu a Comunidade da Figueira. Inicialmente em uma sala atrás da Igreja de São Pedro dos Clérigos. A procura pela ajuda foi crescendo e necessitando de um espaço maior, foi quando aos poucos, o arcebispo conseguiu o lote e foi aos poucos construindo o espaço em que a Comunidade está localizada até os dias de hoje.

Como se tornar um voluntário

Os voluntários podem ajudar a dar banho, alimentar aqueles que não conseguem  sozinhos, também podem ajudar no bazar, no artesanato, nas lições de casa daqueles que frequentam a escola no outro turno e na ministração de alguma atividade que tenha domínio do desempenho, como por exemplo, brincadeiras interativas ou algum tipo de arte.

Para se cadastrar, é necessário ter 18 anos completos, procurar a administração na Figueira e preencher uma ficha constando documentos pessoais, endereço e o termo declarando estar ciente que é um trabalho voluntário, portanto, não é remunerado. O voluntário escolherá um dia da semana que for melhor de acordo com sua própria disponibilidade e declarará estar de acordo com todas as leis do voluntariado que serão apresentadas no ato do cadastramento.

Os serviços oferecidos

De crianças a idosos, recebem acompanhamento de uma psicóloga e uma fisioterapeuta semanalmente. A Solange, conhecida por eles como tia Sol, trabalha na administração e tem formação em pedagogia, supervisionando de perto e orientando as monitoras que trabalham para incentivar a superação de cada um a seu ritmo.

As visitas

Pessoas de todas as idades, inclusive crianças, podem visitar. Para ser voluntário é necessário ter mais de 18 anos, porém, para visitar com a intenção de fazer alguma atividade interativa, basta ligar informando do interesse e a data será marcada. Adolescentes também podem fazer visitas levando algum tipo de recreação como jogos e brincadeiras, pintar unhas, danças, entre outros.

Como é feito o cadastro para acolhimento na Figueira?

A maioria dos alunos chega a Figueira por encaminhamento da CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial). Portadores de quaisquer tipos de deficiência podem ser acolhidos, desde que não apresentem traços de agressividade que possam eventualmente prejudicar os colegas. As próprias famílias também podem procurar a Comunidade diretamente.

O Bazar da Figueira

O Bazar acontece de segunda a sexta-feira, de 8h às 16h no próprio espaço da Comunidade da Figueira. Conta com roupas, sapatos e acessórios em perfeito estado de conservação.

É aberto para qualquer pessoa que quiser comprar ou doar, todos podem doar, basta procurar a administração e se apresentar. Os principais clientes são os alunos da UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto).

Como a Organização se mantém

Para obter recursos para o sustento da comunidade, são realizados eventos beneficentes, o bazar e os funcionários também vão de porta em porta pedindo auxílio dos moradores da região e distribuindo carnês de ajuda financeira mensal para aqueles que se interessarem em colaborar. Algumas pessoas e organizações doam também alimentos e produtos de limpeza.

Conta bancária para quem quiser contribuir:

Banco: SICOOB

Agência: 4108-4

Conta Corrente (C/C): 25.910-1

Fonte:

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