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Violência, saúde e trabalho: O que nos atinge?

Conselho Municipal de Direitos da Mulher de Ouro Preto realiza o 1º Seminário em celebração ao Dia Internacional de Luta das Mulheres trabalhadoras

Publicado em 08/03/2021 às 01:09

Mulheres unidas, neste Dia Internacional de Luta das Mulheres trabalhadoras, e sempre (Foto: Freepik)

Neste 08 de março - Dia Internacional de Luta das Mulheres trabalhadoras, oficializado pela ONU em 1975, o Conselho Municipal de Direitos da Mulher (COMDIM) reforça a importância de voltarmos nossa atenção para as reivindicações e o combate às desigualdades de gênero, articuladas com as opressões de raça e classe em todo o mundo.

Dessa forma, a Presidenta do Conselho Municipal de Direitos da Mulher de Ouro Preto, Débora Queiroz, convida todas as mulheres a participarem do Seminário "Violência, saúde e trabalho: O que nos atinge?", a realizar-se hoje, às 14h30.

Esta não é uma data para simplesmente homenagear as mulheres baseando-se em estereótipos de gênero, tampouco comercial para se presentear as mulheres, mas sim uma oportunidade de reverenciar a luta das mulheres por direitos e por uma outra sociedade.

A origem desta data nos remete à 2º Conferencia Internacional de Mulheres, realizada em Copenhagen, Dinamarca, em 1910. Nesta ocasião, a marxista alemã Clara Zetkin propôs que as mulheres organizassem uma data para suas reivindicações, tendo como centralidade naquele momento histórico o direito ao voto. Outro fato histórico que nos remete à data é o incêndio ocorrido em março de 1911, na fábrica de tecidos Triangle, em Nova York, vitimando 146 mulheres que lá trabalhavam. A data se consolidou com a greve de operárias russas em 08 de Março de 1917, sendo o protesto chamado de “Pães e rosas”.

Enquanto isso no Brasil, as mulheres conviviam ainda com muitas opressões decorrentes de um sistema colonialista, patriarcal e racista. Em nosso país as mulheres alcançaram o direito ao voto censitário apenas em 1932, o que não incluía a maior parte da população feminina. A lei do divórcio foi aprovada em 1977. A lei Maria da Penha, considerada um marco na história de luta das mulheres contra a violência doméstica, é de agosto de 2006. O feminicídio, matar pela condição de ser mulher, é uma qualificadora do homicídio, que se tornou lei em 2015. Somente em 2021, o STF considerou inconstitucional a tese de legítima defesa da honra apresentada pelo réu em caso de feminicídio.

Nesta data, o Conselho Municipal de Direitos da Mulher de Ouro Preto reforça a cobrança pela instituição de um Setor específico para executar as políticas públicas para as mulheres na cidade, bem como a criação de um fundo e um Plano Municipal de Políticas para Mulheres.

A Presidenta do COMDIM enfatiza que o conselho, junto aos movimentos organizados de mulheres, está em busca da criação da Delegacia Especializada de Atendimento às Mulheres desde o ano de 2015. "Nosso conselho, criado em 2017, já é um resultado da luta das mulheres em nossa cidade, e é um órgão colegiado, permanente, deliberativo e propositivo, que tem a finalidade de acompanhar, avaliar e monitorar as políticas públicas do Município na promoção da igualdade e no combate a qualquer forma de discriminação contra a mulher", afirma.


O 1º Seminário do Conselho Municipal de Direitos da Mulher, acontece hoje (8), a partir das 14:30, por meio de uma live no facebook da FAMOP / PMOP.


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