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Superação

Pedro: a dor não é ponto final (Parte 2)

A trajetória da vida é marcada por obstáculos que não esperamos precisar passar. Todavia, precisamos encará-los como vírgulas e não como pontos finais.

Publicado em 14/11/2018 às 07:45
Atualizado em

(Foto: Divulgação)

Sinopse: Pedro era um jovem comum, que procurou o mountain bike com o objetivo de perder peso. Sempre pensando que marcar positivamente outras pessoas é mais importante do que adquirir bens para si, em várias de suas competições, doou as medalhas para meninos que gostaria de incentivar. Tudo ia bem, completara 5 anos de treino e disputas de edições dos campeonatos Intercity Mountain Bike e Iron Biker Brasil, quando descobriu uma doença que o impediu de prosseguir.

Para quem não leu a parte 1:   https://mariana.portaldacidade.com/noticias/esportes/pedro-a-dor-nao-e-ponto-final-parte-1

Parte 2:

Vivemos os nossos dias como se fôssemos indestrutíveis, que nada possa ser capaz de nos abalar, até que nos deparamos com algo que nos leva a repensar nossas convicções. Queremos ser donos do amanhã, mas nem mesmo o tão mutável hoje nos pertence. Pedro estava vivendo o seu auge no mointain bike quando descobriu a doença.

Começou sentindo muitas dores de cabeça e os médicos da região não encontravam nenhum problema em seus exames, diagnosticaram enxaqueca. Com o tempo as dores foram prolongando para a área do pescoço e um caroço apareceu do lado direito. Especialistas foram procurados, o infectologista pediu uma biópsia e quando chegou ao cirurgião, ele disse que não poderia fazer porque não havia nenhuma suspeita que justificasse a cirurgia e, dependendo do que fosse, poderia piorar pelo corte. Os dias foram passando, as dores se mantinham e a angústia de não saber o que lhe acometera, até que, em uma consulta, com um espelho como aqueles usados por dentista, o cirurgião de cabeça e pescoço encontrou o tumor na laringe.

O tratamento foi longo, cerca de um ano e meio passando por sessões de quimioterapia e radioterapia. Na metade do tratamento, a fraqueza tomou conta e foi preciso que ele fosse internado até concluir. Além de fraco, não conseguia se alimentar, a garganta já estava queimada externa e internamente. A forma de suprir os nutrientes do organismo era através de um drink, três vezes ao dia, eram 200ml por R$17,00. “Mesmo assim caí de 104,3kg para 57,4kg”, conta.

A fraqueza fez com que precisasse se afastar do esporte, seus pais o obrigaram a vender a bicicleta porque sabiam que ele se arriscaria quando voltasse para casa, mesmo não tendo condições físicas naquele momento. Com a família em choque, Pedro escolheu ser positivo, sabia que poderia terminar tudo bem ou não, mas escolheu lutar, dar o seu melhor. O máximo de sessões sem intervalo de radioterapia na garganta que outras pessoas já conseguiram fazer, segundo Pedro eram 9, mas com tanto anseio de vencer, ele fez 30. “Graças a Deus, no final deu tudo certo”, comemora. Percebeu que muito mais do que pedalar e retomar suas atividades normais, era preciso superar para viver.

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