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Síndrome do pânico: Saiba mais sobre esse transtorno que tem afetado tanta gente

Crises aumentaram durante a pandemia da Covid-19 no país

Publicado em 09/02/2021 às 07:02
Atualizado em

Síndrome do pânico (Foto: Freepik)

A Síndrome do pânico é uma condição que pode ocorrer em qualquer idade, mas costuma se manifestar na adolescência ou início da idade adulta, sem motivo aparente.

Esse transtorno se caracteriza pela ocorrência repentina e até mesmo inexplicável de crises de ansiedade agudas, marcadas por medo e desespero, associadas a sintomas físicos e emocionais, que geralmente duram em torno de 10 minutos. Durante esses ataques de pânico, a pessoa experimenta a "sensação de que vai morrer" e que perdeu o controle sobre suas ações.

No geral, o transtorno do pânico atinge mais as mulheres do que os homens. “Essa frequência é maior no sexo feminino pois existe a sensibilização das estruturas cerebrais pela flutuação hormonal, já que a incidência de pânico aumenta durante o período fértil da vida”, explica o médico psiquiatra Bruno Brandão, membro titular da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).

O ataque de pânico tem início repentino e apresenta pelo menos quatro dos seguintes sintomas: medo de morrer, taquicardia, sudorese, despersonalização (impressão de desligamento do mundo exterior, como se a pessoa estivesse vivendo um sonho), formigamentos, sensação de falta de ar, dor ou desconforto no peito (que podem ser confundidos com os sinais do infarto).

Para o médico Bruno Brandão, um dos fatores que podem causar essas crises são as constantes incertezas. “Como muitas pessoas no início da pandemia ficaram desoladas e incertas sobre o seu futuro, elas criaram vários cenários na mente, tentando controlar os resultados. Mas como essa resolução não existe, pois tudo pode mudar, o medo, o estresse e a ansiedade aumentam”.

Como evitar essas crises de pânico?

Uma atitude importante para evitar crises, é se informar somente em fontes seguras e confiáveis, que não causam alarmes desnecessários. A mente humana também reage a dados especulativos e imaginários, e em alguns casos, mesmo sabendo que aquilo no primeiro momento não é verdade, algumas pessoas não deixam de descartar a possibilidade do pior acontecer. Por isso, é importante evitar a busca de informações em canais que apelam para o sensacionalismo e que cause pânico.

E, o mais importante: tentar resgatar aquilo que nos faz bem, mas que não tínhamos tempo, devido a correria do dia a dia. “Experimentar receitas, ler livros, ver filmes e séries, sem parecer que estar fazendo aquilo para apenas preencher lacunas, mas entender que está sim, vivendo. Com isso, a mente relaxa e novas formas de lazer entram no seu dia a dia, deixando de lado pensamentos negativos que podem acometer em um quadro da síndrome do pânico”, finaliza Bruno.


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