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Educação

Comissão da UFOP avalia cenários possíveis

A avaliação de cenários para promover atividades continua na pauta da Comissão de Monitoramento Administrativo e Acadêmico

Publicado em 29/05/2020 às 21:30
Atualizado em

(Foto: Pixabay)

A Comissão de Monitoramento Administrativo e Acadêmico, por meio de webconferência, se reuniu na tarde de ontem (27/05) para nova rodada de discussão para avaliar os impactos da crise gerada pelo novo coronavírus no âmbito da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), como vem fazendo semanalmente.

O principal ponto de pauta, a exemplo da semana anterior, foi a possibilidade de se oferecer remotamente algumas disciplinas, em forma de Período Letivo Especial, não obrigatório, com o objetivo principal de minimizar o fluxo de pessoas quando da retomada das atividades presenciais, considerando que protocolos referentes a aglomeração de pessoas devam ser mantidos até que a situação se normalize.

A reitora Cláudia Marliére reiterou a posição da Administração Central no sentido de que existem várias condicionantes para que isso ocorra, lembrando que a reitoria não tomará qualquer decisão à revelia de um consenso entre a comunidade e seus conselhos de representação. Alertou, porém, que a Administração precisa apresentar propostas, uma vez que, "pelas projeções, as atividades do semestre estão comprometidas até, pelo menos, o final deste ano"


Mesmo com as atividades remotas tendo como objetivo principal diminuir o impacto do fluxo de pessoas em um retorno presencial, Marliére lembrou que defenderá esta posição somente se as ofertas "tiverem qualidade garantida e inclusão de alunos com maior vulnerabilidade social", assim como se houver a capacitação de professores e servidores técnico-administrativos.

Segundo ela, a Administração Central continua com a mesma posição defendida no Fórum de Dirigentes das Instituições Públicas de Ensino Superior de Minas Gerais (Foripes-MG) em defesa da suspensão do calendário acadêmico durante a pandemia. "Jamais voltaremos atrás e temos que garantir que os alunos não retornem para a UFOP enquanto não tivermos as condições necessárias para isso", arrematou a reitora. 

O vice-reitor Hermínio Nalini, corroborando a projeção de Marliére, salientou que, em debate remoto com a vice-presidente da centenária Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Cristinani Machado, na Associação dos Reitores (Andifes), no último dia 21 de maio, a própria instituição - referência mundial em saúde - não desenvolverá qualquer atividade presencial na área de educação pelo menos até o final de 2020. A Fiocruz é referência também na oferta de ensino, com programas de pós-graduação lato senso e stricto senso. 

ESTUDANTES 

A representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE), Vitória Pinheiro de Almeida, mesmo reconhecendo que não existe qualquer deliberação formal de retomada das atividades, disse que o DCE tem acompanhado de perto os estudos da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) quanto à perspectiva de a UFOP oferecer disciplinas remotas em Período Letivo Especial.

Segundo ela, os debates estão "francos" e a pró-reitoria mostra-se "aberta para receber sugestões". Ela reforçou a necessidade de se buscar alternativas, mas estabelecendo estratégias que preservem a garantia do ensino presencial nas universidades públicas, para quando o país voltar à normalidade. "Não há espaços para radicalismo em um momento especial, devido à pandemia", ponderou a estudante. 

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFOP (Assufop), Sérgio Neves, reforçou que as falas oficiais da Administração Central sobre a oferta de atividades remotas estão coerentes com os debates estabelecidos na Comissão.

Ele disse também que o papel deste grupo não é decidir, mas analisar cenários e propor caminhos para discussões, acrescentando que as entidades representativas e seus conselhos é que deliberarão sobre os rumos da Universidade. 

CARTILHA 

O representante do Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus na reunião, Rondon Marques, informou que o texto-base de nova campanha de prevenção para as pessoas que estão trabalhando presencialmente na UFOP já está pronto, aguardando as considerações de outros autores envolvidos, a exemplo da Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento (Proplad), que fará a mediação com as empresas responsáveis pelos colaboradores terceirizados. 

De acordo com Marques, o texto reforça procedimentos das campanhas em curso e aponta outros mais direcionados para a realidade da UFOP. Segundo ele, a principal peça dessa campanha será uma cartilha, que chegará a todos os setores em operação nos campi da Universidade. 

Temas como a realização dos testes para detectar a Covid-19 em laboratório da UFOP, a economia mundial e brasileira, a inclusão digital em comunidades com vulnerabilidade econômica e social , quilombolas e indígenas também foram tratados no encontro, que contou, ainda, com a participação das estudantes Alciniani Lourenço e Amanda de Paula Oliveira (DCE), do pró-reitor adjunto de Planejamento e Desenvolvimento, Máximo Eleotério Martins, e do chefe de Gabinete, Élido Bonomo.


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