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LAMA

Contaminação da lama de Mariana pode provocar infertilidade e aborto

Pesquisa feita pela UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) apontou altos índices de metais e outros elementos tóxicos no solo, água e ar

Publicado em 10/12/2019 às 22:35

Uma pesquisa feita pela UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto), apontou que as comunidades atingidas pela lama de rejeitos de minério da barragem de Fundão, em Mariana, que se rompeu em novembro de 2015, estão em estado de perigo para a saúde pública.

A lama teria contaminado não somente a terra e a água, mas também o ar dessas regiões e pode provocar infertilidade e aborto.

O estudo foi feito em Mariana e na comunidade de Barra Longa, uma das primeiras atingidas pela lama, a 137 km de Belo Horizonte.

De acordo com a pesquisadora responsável, Dulce Maria Pereira, os danos provocados pelo excesso de minério no solo, devido ao rompimento da barragem são severos e podem causar até a infertilidade.

— Esses organismo são vírus potentes e complexos, encontrados em locais com esgoto e alguns metais pesados.


Contaminação

O solo dos locais atingidos pelos rejeitos possuem 17 vezes mais arsênio, um semimetal encontrado em ligas metálicas, e quase o dobro de cromo, usado pela metalurgia para aumentar a resistência dos metais à corrosão.

A pesquisa mostrou também que o ar analisado possui índices de chumbo e zinco seis vezes maiores que o normal.

Segundo o estudo, os materiais encontrados podem ser responsáveis por efeitos neurológicos e mentais, além de causar infertilidade e abortos em humanos e animais.

O resultado da análise feita pela universidade vai contra as afirmações da Renova, de que o rejeito depositado nas localidades atingidas não apresenta risco à população.

O levantamento feito pela UFOP foi apresentado a uma representante da ONU (Organização das Nações Unidas), que esteve no Brasil para avaliar os impactos ambientais e humanos da tragédia.


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