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Anel Rodoviário

Medo, terror e insegurança

Motoristas que precisam passar pelo Anel Rodoviário temem por sua segurança

Publicado em 06/02/2021 às 08:08
Atualizado em

Grave acidente no anel rodoviário (Foto: Redes Sociais)

Transtorno, falta se segurança, imprudência, medo, não é de hoje que os adjetivos usados para definir o trecho da estada do entorno de Belo Horizonte e região metropolitana conhecido popularmente como "Anel Rodoviário" é assim definido pelos seus frequentadores.

Em Mariana, muitos motoristas devido a compromissos de trabalho são obrigados e passar por aquele trecho. A região ainda é acesso para os aeroportos e para os grandes centros comerciais e distribuidoras de mercadorias.

Taxistas do ponto da Praça da Sé (no centro de Mariana) quando abordados pela nossa reportagem foram unânimes em dizer que é o pior tipo de viagem para fazer pois a responsabilidade de levar as pessoas passando por um lugar tão perigoso aumenta muito a tensão da viagem. 


Recheado de enormes caminhões e por uma pista extremamente perigosa, com afunilamentos constantes e veículos carregados e pesados transitando em altíssima velocidade, esse trecho coloca sempre em risco a vida de motoristas e passageiros.

Cenas parecidas, como as que foram vistas no dia 5 de fevereiro, se repetem com facilidade no mesmo trecho do Anel Rodoviário, a conhecida descida do Bairro Betânea.

Desde o início de 2021 já foram registrados pelo menos 2 grande acidentes. Em 26 de janeiro, uma carreta carregada com 30 mil litros de óleo para transformador perdeu o controle da direção, bateu em três carros e tombou. A metade do produto escorreu na pista. Apesar da gravidade do acidente, apenas o motorista do veículo de grande porte se feriu.  

A situação ainda costuma se agravar quando chega o inicio da noite e o período chuvoso.

Burocracia e Indecisão

Mesmo sendo uma região extremamente problemática e conhecida de todos, ainda assim, pouco ou quase nada é feito pelas autoridades para resolver o problema. O jogo de empurra entre as autoridades e a responsabilidade sobre o trecho segue desde 2017 sob análise da justiça. Audiências públicas, visitas técnicas, ação na justiça, denúncias, sugestões de projetos, reuniões aconteceram mas pouco ou quase nada foi feito.

A prefeitura de Belo Horizonte já tentou intervir na via mas o DNIT (Departamento de Infra-Estrutura e Transportes) do governo federal não permitiu que fosse feita uma intervenção que poderia ter poupado muitas vidas.

"Vai Mudar"

O governador Romeu Zema usou seu perfil em uma rede social para dizer que esse tipo de situação ‘vai mudar’.


Nessa quinta (04/02) o governo de Minas fechou um acordo de R$ 37,68 bilhões com a mineradora Vale, em compensação pela tragédia em Brumadinho, ocorrida em janeiro de 2019, e parte desse valor será usado para o início das obras do Rodoanel. 

Inicialmente, a ideia do projeto é ter nove quilômetros passando em Brumadinho, 18km por Betim e 20km pelos municípios atingidos pela lama da barragem.

Zema já havia falado que a construção do Rodoanel beneficiaria a economia do estado, já que o principal polo industrial de Minas é a RMBH e atualmente sofre com a logística, que será resolvida com a construção da via. Além desse benefício, na publicação ele afirma que cerca de 1 mil acidentes poderão ser reduzidos. 

A intenção é, também, ampliar a malha viária do estado e diminuir o trânsito de caminhões no anel viário, o que, consequentemente, irá reduzir o número de acidentes causados no local. 



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