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RENOVA

Presidente da Renova deixa o cargo

O atual diretor Socioeconômico e Ambiental, André de Freitas, irá assumir o cargo

Publicado em 20/11/2019 às 23:09

O diretor-presidente da Fundação Renova, entidade responsável pela reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco, em Mariana, anunciou a saída do cargo, nesta quarta-feira (20). A informação foi confirmada pela própria Fundação.

"Roberto Silva Waack, atual diretor-presidente da Fundação Renova, conclui seu ciclo na organização após mais de três anos à frente dos trabalhos de reparação da bacia do rio Doce. A posição será assumida pelo atual diretor socioeconômico e ambiental, André de Freitas. O processo de transição está em andamento e será concluído em janeiro de 2010", informou a entidade por meio de nota.

Em carta pública, Roberto Waack afirmou que, "apesar de críticas, o modelo de governança proposto pelo Termo de Transação e de Ajustamento de Conduta (TTAC) foi, e continua sendo, uma alternativa consistente para enfrentar uma tragédia de proporções inéditas no Brasil, envolvendo dois estados (Minas Gerais e Espírito Santo) e quase quatro dezenas de municípios". (Veja publicação completa abaixo)

A Fundação Renova ainda reforçou que "o novo diretor-presidente assume com o compromisso de acelerar as medidas de reparação em andamento, especialmente em frentes como indenização e reassentamento". (Confira abaixo a nota completa)

O acidente foi no dia 5 de novembro de 2015. A barragem de Fundão, administrada pela mineradora Samarco, se rompeu e a enxurrada de lama de rejeitos rapidamente atingiu a comunidade de Bento Rodrigues, a 35 quilômetros de Mariana, provocando a morte de 19 pessoas. Minutos depois, a lama arrasou a comunidade de Paracatu de Baixo e seguiu o curso de rios da região, até o rio Doce, afetando mais de 200 municípios entre Minas e Espírito Santo.

Como estão as famílias atingidas pela lama

A comunidade atingida pela lama ainda aguarda construção das casas no chamado Novo Bento Rodrigues. Um acordo entre Fundação Renova e Ministério Público, homologado pela Justiça, prevê a entrega de todos os imóveis em agosto do ano que vem.

Duas das 225 casas do Novo Bento Rodrigues estão em construção atualmente, assim como as estruturas da escola e do posto de saúde. Até agora, de 97 projetos protocolados na Prefeitura de Mariana para a emissão de alvarás, 18 estão com a permissão para a construção. Outros 18 projetos estão com cópias finais protocoladas aguardando alvará e 27 com revisão protocolada na prefeitura para reanálise.

Em Paracatu de Baixo, as obras de terraplenagem tiveram início há dois meses. Cerca de 70 projetos conceituais de casas estão em desenvolvimento, enquanto o processo de registros dos lotes no Cartório de Registro de Imóveis em Mariana é finalizado, para que depois o alvará para cada edificação possa ser solicitado.

Atualmente, 2.500 trabalhadores se revezam em três turnos no canteiro de obras de Novo Bento Rodrigues, instalado em uma antiga área de uma siderúrgica. A expectativa para Paracatu de Baixo é que, assim que os primeiros alvarás sejam concedidos, 1500 trabalhadores atuem por dia no local. De acordo com a Renova, cerca de R$ 275 milhões foram destinados aos reassentamentos.


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