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Autismo

Abril Azul: Mês mundial da conscientização do autismo

Estima-se que no Brasil existam cerca de 2 milhões de autistas

Publicado em 02/04/2020 às 04:06

Autismo na infância (Foto: Banco de Imagens Públicas)

Desde 2008 acontece a campanha “abril azul”, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) e especialmente voltada para o conhecimento sobre o Autismo. De acordo com a ABRA (Associação Brasileira de Autismo), esse é um transtorno caracterizado por desvios na interação social, comunicação e na utilização da imaginação, os quais se manifestam desde a primeira infância.

Estima-se que no Brasil existam cerca de 2 milhões de autistas. No entanto, entender a patologia ainda é um grande desafio para muitas pessoas, principalmente aquelas que lidam com quem a tem. Desse modo, para trazer algumas informações importantes a respeito do Autismo, preparamos este post. Ficou interessado no assunto? Então, não deixe de continuar a leitura! 

Sintomas do Autismo 

O indivíduo autista pode apresentar uma série de sinais, porém, alguns são mais evidentes que outros. Vale ressaltar que o diagnóstico desse transtorno, na maioria das vezes, não acontece precocemente. Acompanhe a seguir os principais sintomas!

Dificuldade em interagir socialmente 

A necessidade de estar com outras pessoas é uma característica inata do ser humano. Contudo, O Transtorno do Espectro Autista (TEA) afeta a capacidade de interação e dá espaço à introspecção.

Por esse motivo, os autistas costumam se isolar, de modo a evitar qualquer tipo de contato físico. 

Alterações no comportamento 

Na infância, essas mudanças comportamentais incluem:

  • repetir movimentos ou falas continuamente; 
  • evitar beijos e abraços;
  • ter atitudes agressivas.

Já na fase adulta, observa-se as seguintes alterações:

  • ficar mais tempo em casa;
  • desenvolver sintomas de ansiedade;
  • demonstrar interesse apenas por determinadas atividades.

Dificuldade na comunicação

Por mais que muitos autistas tenham um bom desenvolvimento da fala, é comum que eles não se expressem verbalmente e sejam resistentes à comunicação.

Causa do autismo 

Embora o Autismo tenha sido identificado há muitos anos, a causa exata do problema ainda não foi descoberta. Entretanto, os estudos sobre esse tema indicam que questões genéticas estão ligadas ao desenvolvimento do transtorno. 

Graus do Autismo 

Anteriormente, a classificação do Autismo era feita em subgrupos, mas com o intuito de reduzi-los, dividiu-se o transtorno em apenas três categorias, de acordo com sua gravidade, ou seja, nível de apoio para suprir as necessidades. 

Nível 1 — Leve 

Também denominado de Asperger. Nesse caso, há introspecção e dificuldade na comunicação, porém, o comprometimento é menor, e pode demorar mais tempo para ser diagnosticado.

Observa-se movimentos descoordenados e foco em apenas um assunto ou atividade de maior interesse. 

Nível 2 — Moderado 

No autismo de nível 2 a interatividade social é baixa, nota-se dificuldade ou ausência de comunicação verbal, bem como determinadas atitudes e movimentos repetitivos, que ficam mais em evidência. Trata-se de um tipo com características tanto do nível 1 quanto no nível 3.

Nível 3 — Severo 

Entre todos, o nível 3 é o que provoca maior interferência nos diversos aspectos citados anteriormente. Considera-se grave o déficit cognitivo e nas habilidades para convívio social, o que torna indispensável um suporte grande para que as necessidades individuais sejam atendidas.

Autismo na infância e aprendizagem 

Normalmente, os primeiros sinais do Autismo se manifestam entre os 3 e 5 anos de idade. Tendo em vista que o processo de ensino-aprendizagem se inicia nessa fase e se mostra essencial para o desenvolvimento da criança, é preciso colocar em prática, desde cedo, atividades que estimulam a fala, a interatividade, socialização, a coordenação motora etc.

O estudo em escola regular aumenta as chances do aprendizado, uma vez que o contato diário com outras crianças também serve como estímulo. Para potencializar os resultados obtidos no ambiente escolar, pode-se recorrer ao atendimento educacional especializado — uma estratégia paralela à sala de aula regular, que trabalha diretamente os aspectos mais comprometidos pelo transtorno. 

Com o suporte necessário, os pequenos podem até desenvolver talentos específicos em certas áreas do conhecimento. 

Autistas e o mercado de trabalho 

Infelizmente, os autistas ainda enfrentam muitos obstáculos para entrarem no mercado de trabalho — desafios, muitas vezes, ligados ao desconhecimento de suas capacidades pelos empregadores, cenário que mostra de forma ainda mais nítida a importância da campanha “Abril Azul”.

Os maiores problemas encontrados por um autista ainda são a desinformação e o preconceito. No entanto, isso tem mudado e, atualmente, encontramos pessoas com autismo que trabalham e conquistaram sua independência, mesmo com todas as particularidades do transtorno. 

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