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Coronavírus

Belo Horizonte recua na reabertura comercial a partir desta segunda (29)

Prefeito de BH recua em reabertura e libera apenas serviços essenciais, a medida foi anunciada em entrevista coletiva e entra em vigor hoje.

Publicado em 29/06/2020 às 02:00
Atualizado em

Prefeito de BH fala sobre as ações pela saúde do município (Foto: Portal da Cidade de Mariana via Rede Social)

O prefeito Alexandre Kalil (PSD) optou por recuar no processo de reabertura do comércio de Belo Horizonte que foi iniciado no começo do mês. A partir desta segunda-feira (29), apenas serviços considerados essenciais poderão abrir as portas e funcionar normalmente.

A medida foi anunciada na última sexta-feira (26) e busca minimizar a propagação do novo coronavírus para conter a crescente demanda por internações no sistema público de saúde - que já está com boa parte de sua capacidade ocupada, o que representa um risco de faltar atendimento para a população.

A medida foi tomada em parceria entre o prefeito e os especialistas do Comitê de Enfrentamento à Epidemia da COVID-19 na capital mineira. No processo de tomada de decisão, foram analisados três indicadores principais: o número médio de transmissão por infectado (Rt) e as taxas de ocupação de UTIs e leitos de enfermaria específicos para pacientes com a doença.

Alexandre Kalil / Prefeito / Belo Horizonte

Desabafo

"Quando fui alarmista, quando avisei que o bombardeio ia chegar, todos os aproveitadores de plantão usaram muito isso (contra mim). Então, quero avisá-los que o bombardeio chegou à nossa cidade e nós vamos tentar controlá-lo"

Alexandre Kalil / Prefeito / Belo Horizonte

Ao justificar a decisão, Kalil citou a piora nos números da doença em BH. Atualmente, as taxas de ocupação de UTIs e leitos de enfermaria são 86% e 67%, respectivamente. O Rt está em 1,09.

O prefeito se posicionou:

"Eu, como prefeito, sentado aqui, peço desculpas a todos aqueles que respeitaram tanto este isolamento neste momento. Humildemente, peço à população de Belo Horizonte: vamos respeitar a ciência, vamos respeitar o que deu certo no mundo inteiro. Não há outro caminho. Estamos em descontrole? Não. Segundo fui informado pela equipe da COVID-19, não. Mas podemos chegar perto do colapso ou do descontrole", completou Kalil.

EXPLOSÃO DE CASOS 

Em 18 de março, BH colocou em prática as primeiras normas de isolamento social. A partir daquela data, apenas serviços essenciais puderam funcionar. E assim foi por quase 70 dias, período no qual a cidade conseguiu controlar os números de infectados (1.434) e óbitos (42).

Diante do bom desempenho e da relativa folga no sistema de saúde, a prefeitura iniciou o processo de reabertura do comércio em 25 de maio. Foi liberado o funcionamento de salões de beleza (exceto clínicas de estética), shoppings populares e comércios varejistas.

A partir de 8 de junho, a administração municipal decidiu ampliar o processo de flexibilização das normas de isolamento. A medida liberou o funcionamento de lojas de diferentes ramos do comércio e incluiu quase 92% dos empregos.

A reabertura, porém, causou uma explosão de casos e mortes em decorrência do coronavírus, além de aumentar a demanda por internações na rede pública de saúde.

Muitos marianenses trabalham em Belo Horizonte ou vivem de transportes de encomendas para a cidade. É importante ter atenção na situação da capital mineira neste momento, já que muitos de seus serviços serão fechados e, para além, o número de casos vêm crescendo exponencialmente. 

O Portal da Cidade de Mariana incentiva aqueles que puderem que se mantenham em isolamento social e façam a manutenção dos cuidados com a saúde no momento atual.


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