O prefeito de Mariana, Celso Cota Neto (MDB), fez um desabafo nesta semana em que acontece a audiência na Inglaterra contra as mineradoras Vale e BHP, responsáveis pelo rompimento da barragem de Fundão em 2015, que causou a maior tragédia ambiental da história do Brasil.
Cota, que foi eleito em 2020, mas só assumiu a prefeitura em agosto de 2023, após uma longa batalha judicial, disse que encontrou o município em uma situação de déficit e abandono, com obras paralisadas, servidores desmotivados e população desassistida.
"Recebemos a prefeitura com um déficit provável de R$ 60 milhões, com muitas dívidas e pendências. Estamos fazendo um levantamento para saber a real situação financeira e administrativa. Estamos trabalhando para colocar a casa em ordem e retomar o desenvolvimento de Mariana", declarou.
Em suas redes sociais Celso ainda destacou: "O sofrimento não tem preço, mas a justiça deve prevalecer. Essa semana marca um passo importante na busca pela reparação para as vítimas do desastre de Mariana. Estamos trabalhando para que as mineradoras, finalmente, reconheçam o dano causado e cumpram com sua responsabilidade."
Sobre o Caso
O caso Mariana é uma ação coletiva movida por cerca de 700 mil atingidos pelo rompimento da barragem do Fundão em 2015, que pedem uma reparação de cerca de 5 bilhões de libras (R$ 31 bilhões) das mineradoras Vale e BHP, responsáveis pelo desastre.
A audiência que começou na segunda-feira (29/1) deve durar até o dia 12 de fevereiro.
O julgamento de responsabilidade sob o colapso da barragem está marcado para outubro de 2024 na corte da Inglaterra e País de Gales.