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Reparação

Celso Cota afirma: "Chegou a hora de sermos devidamente indenizados"

Prefeito de Mariana faz desabafo na semana em que acontece a audiência na Inglaterra contra a Vale e a BHP

Publicado em 30/01/2024 às 13:21
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"O sofrimento não tem preço, mas a justiça deve prevalecer." Celso Cota (Foto: Redes Sociais - Instagram Pessoal)

O prefeito de Mariana, Celso Cota Neto (MDB), fez um desabafo nesta semana em que acontece a audiência na Inglaterra contra as mineradoras Vale e BHP, responsáveis pelo rompimento da barragem de Fundão em 2015, que causou a maior tragédia ambiental da história do Brasil.

Celso Cota / Prefeito / Mariana, MG

Indenização

“Não tem dinheiro que paga o sofrimento vivido por todas essas famílias, não tem dinheiro que paga o tempo perdido, não tem dinheiro que paga os impactos sociais vividos por todos nós. Mas está na hora de darmos um ponto final nessa história, está na hora de sermos devidamente indenizados. (…) Temos muita esperança que a semana que inicia seja uma semana de grandes avanços em relação à justiça. Esperamos que de forma definitiva e muito clara, que as mineradoras possam reconhecer o dano causado”. (Reportagem: @ribeiroedda/Isto É)

Celso Cota / Prefeito / Mariana, MG



Cota, que foi eleito em 2020, mas só assumiu a prefeitura em agosto de 2023, após uma longa batalha judicial, disse que encontrou o município em uma situação de déficit e abandono, com obras paralisadas, servidores desmotivados e população desassistida.

"Recebemos a prefeitura com um déficit provável de R$ 60 milhões, com muitas dívidas e pendências. Estamos fazendo um levantamento para saber a real situação financeira e administrativa. Estamos trabalhando para colocar a casa em ordem e retomar o desenvolvimento de Mariana", declarou.

Em suas redes sociais Celso ainda destacou: "O sofrimento não tem preço, mas a justiça deve prevalecer. Essa semana marca um passo importante na busca pela reparação para as vítimas do desastre de Mariana. Estamos trabalhando para que as mineradoras, finalmente, reconheçam o dano causado e cumpram com sua responsabilidade."

Sobre o Caso

O caso Mariana é uma ação coletiva movida por cerca de 700 mil atingidos pelo rompimento da barragem do Fundão em 2015, que pedem uma reparação de cerca de 5 bilhões de libras (R$ 31 bilhões) das mineradoras Vale e BHP, responsáveis pelo desastre.

A audiência que começou na segunda-feira (29/1) deve durar até o dia 12 de fevereiro.

O julgamento de responsabilidade sob o colapso da barragem está marcado para outubro de 2024 na corte da Inglaterra e País de Gales.


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