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Sede do clube do marianense é agitado por aulas de dança

Na rotina normal, as aulas são de dança livre às 19h e dança de salão às 20h

Publicado em 15/01/2019 às 21:19
Atualizado em

(Foto: Júlia Carvalho)

Todas as segundas e quartas-feiras o Clube Marianense é agitado pelas aulas de dança livre às 19h e dança de salão às 20h, que reúnem pessoas de diversas idades que exalam sorrisos enquanto dançam e são guiadas pela professora Stella Castro e pelo professor Átila Muniz, respectivamente.

 

A dança livre

As aulas já acontecem costumeiramente no local, mas na segunda-feira, dia 14 de janeiro, a turma da professora Stella começou o “Especial de verão” com músicas animadas em coreografias que mesclam principalmente ritmos como axé e zumba, mas que também contam com passos de samba, funk e até jazz e salsa ministradas por ela juntamente com o professor Divino, convidado.

“A palavra de ordem é dançar!”, afirma Stella enquanto orienta as alunas sobre não terem que sentir vergonha, mas sim liberdade. Simplesmente dançar, cada uma a seu jeito e de sua forma. A professora completa dizendo que com o tempo as participantes aprenderão a rebolar, a sambar, a fazer coreografias, no entanto não é necessária uma cobrança para esse objetivo, apenas se permitir, se divertir.

Com novatas e outras mais experientes, Divino começou a aula com alongamentos. Ele deu quatro coreografias iniciais e passou as rédeas para sua colega que deu prosseguimento. Ao final, ele repetiu uma das músicas para que as presentes tivessem maior facilidade para aprender os passos e Stella finalizou com a última.

Entre uma música e outra, as mulheres sorriam, tomavam água, respiravam fundo, limpando o suor que escorria no rosto de algumas e trocavam palavras entre si. Há casos de homens que procuram, mas o público é predominantemente feminino.

Sozinhas, acompanhadas, com diferentes histórias e trajetórias, as alunas buscam a atividade por motivos diversos. Algumas querem se distrair e divertir, melhorar a autoestima, outras querem perder peso, melhorar a coordenação motora, o condicionamento físico e todas as que persistem alcançam seus objetivos. “O maior objetivo da aula é o bem-estar, não é uma aula para ensinar a dançar simplesmente, nem apenas para emagrecer, é um conjunto de benefícios que as pessoas conseguem obter com a regularidade das aulas”, incentiva a professora.

As mensalidades das aulas tem o valor de R$80,00, podendo também fazer aulas avulsas pelo valor de R$15,00 cada. Todos podem fazer uma aula experimental gratuita sem precisar de agendamento para conhecer o estilo da aula e o ambiente que é, além de tudo, uma forma de extravasar as pressões do dia-a-dia e fazer novas amizades.

 

A dança de salão

Retornando a partir do mês de fevereiro, a dança de salão se mostra uma forte aliada para quem tem o desejo de praticar uma atividade física que promova a socialização. Grande parte da procura se dá por pessoas que gostam das músicas e tem o interesse de aprender a dançá-las.

Não é necessário ter um par para começar, segundo Átila, é comum pessoas irem sozinhas e se unirem com outras pessoas que foram sozinhas também. Nas aulas, é também uma prática corriqueira trocar de par a cada aula ou para desenvolver passos diferentes. Os professores acreditam que a troca pode ser um estímulo, uma vez que possibilita obter uma resposta distinta a partir do contato com outra pessoa, mas não é uma regra, há casos em que casais de namorados ou de casados preferem manter sempre o mesmo par.

Ao perceber seu próprio desenvolvimento, os alunos se sentem satisfeitos por verem que já se sentem mais seguros para conduzir a dança, já alcançaram maior facilidade para acompanhar e executar os passos. Alguns ao longo do tempo sentem o corpo mais disposto, embora seja uma atividade de baixo impacto e perda calórica e outros têm até mesmo alcançado objetivos como a superação do quadro depressivo.

A dança não é apenas repetição de movimentos. É ligada a melhora de corpo e mente, qualidade de vida, um estímulo que é um investimento pessoal.  “A dança de salão, assim como qualquer coisa, não tem idade, nem tipo físico, nem sexo, não há nada que te impeça de fazer e praticar. Todas as danças são feitas para todas as pessoas”, opina Átila.

 

A trajetória de Stella Castro

Stella começou a dançar na infância, apesar da timidez, dançava na escola e se apresentava nas oportunidades que tinha lá. Por volta dos 15 anos, se iniciou na capoeira que tinha uma banda de percussão. Ao se apresentar junto com eles, percebeu que realmente era isso que gostava de fazer.

Começou a fazer parte da Banda Shenandoah, de Passagem de Mariana, mas em uma das apresentações sofreu um acidente que fez com que, apesar do amor pela dança, ficasse receosa de prosseguir no ramo de bandas. Foi quando no final de 2004 montaram o grupo de dança Maderada, composto por ela, o atual marido, a amiga que dançava junto no Shenandoah e mais um amigo deles, estreando no carnaval de Mariana em 2005 e depois seguiram dançando em mais alguns eventos.

Lecionar dança em academias foi a forma que encontrou em 2003, quando ainda era estudante de Nutrição, de ter um auxílio financeiro para custear os estudos e também ter um local para ensaiar com o grupo e assim foi durante seis anos.

 

A trajetória de Átila Muniz

“Quando comecei a dançar não pensei que pudesse se tornar profissão um dia”

Átila começou a dançar com o objetivo de praticar alguma atividade física aos 15 anos. Começou com a dança de salão, depois partiu para o ballet clássico e dança contemporânea com o anseio de superar a timidez e interagir com outras pessoas.

Sua primeira professora de dança foi a Bernadete Baeta, mas também teve aulas com a Tânia Suares e Carla Gontijo. No final de 2008 fez uma audição para o ballet jovem do Palácio das Artes e se mudou para Belo Horizonte para ser bailarino do grupo. Trabalhavam 4h por dia, de segunda a sábado, foi quando começou a viver a dança de forma mais intensa, mesmo tendo outros trabalhos paralelos como professor de inglês e garçom.

Em 2010 surgiu a oportunidade de ir para a Companhia Municipal de Dança de Caxias do Sul no Rio Grande do Sul e até meados de 2014 ficou lá. Nesse meio tempo, conseguiu um trabalho temporário com um grupo de 6 pessoas, o Dancing Team, no navio de cruzeiro Costa Fascinosa, dando aulas de dança de salão durante o dia e se apresentando a noite.

Quando saiu da companhia de Caxias, se mudou para São Paulo para dar aulas de zumba e dança de salão, investindo em outras modalidades como o Tecido Fit (também conhecido como Fit Yoga), o Pole Dance, além de ter se aperfeiçoado no contemporâneo e tido oportunidades de se apresentar em canais de televisão.

Viveu na capital paulista por quatro anos e no ano passado, voltou a morar em Mariana, decidindo levar para outros aquilo que aprendeu no tempo fora. A partir de fevereiro volta com os cursos que dava no ano passado que são fit tecido, pole dance, zumba e dança de salão.

 

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