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AÇÃO

Fundação Renova – Encontro com a imprensa

Resultados das ações de reparação e compensação

Publicado em 02/11/2019 às 08:32

Até agosto deste ano, foram destinados R$ 6,68 bilhões para as ações integradas de recuperação e compensação socioambiental e socioeconômica dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, ocorrido em 5 de novembro de 2015. Cerca de R$ 1,84 bilhão foram pagos em indenizações e auxílios financeiros emergenciais para 319 mil pessoas. 

No reassentamento de Bento Rodrigues, seguem as obras de alvenaria de casas e de fundação da escola municipal. Em Paracatu de Baixo, as famílias indicam aos arquitetos como querem que os projetos de suas casas sejam desenhados, paralelamente às obras de infraestrutura.

 

Ações ambientais 

O rio Doce é o mais monitorado do Brasil. São 80 parâmetros físicos, químicos e biológicos estudados em 92 pontos, de Mariana à foz, sendo 22 deles verificados por estações automáticas, que geram informações em tempo real. Outros 40 parâmetros avaliam os sedimentos. Segundo o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), trata-se do monitoramento mais evoluído e completo do país. 

E os mais de 6 milhões de dados coletados em dois anos do maior programa de monitoramento do país – o Programa de Monitoramento Quali-Quantitativo Sistemático (PMQQS) –mostram que as condições da bacia são hoje semelhantes às de antes do rompimento. 

Hoje, o rio Doce é enquadrado na classe 2 pelo Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente), e isso significa que a água pode ser consumida após tratamento convencional e ser destinada à irrigação. 

Além disso, foram recuperados 113 afluentes, pequenos rios que alimentam o alto rio Doce. Esses afluentes praticamente desapareceram da paisagem após o rompimento da barragem de Fundão e, por isso, tiveram que ser totalmente redesenhados com base em informações de geoprocessamento. 

O terceiro ano do Programa de Recuperação de Nascentes, ação fundamental para revitalização da bacia hidrográfica do rio Doce, está mobilizando, engajando e formando produtores rurais para que eles atuem na recuperação de outras 500 nascentes — além das 1.050 que já estão sendo restauradas em Minas Gerais e no Espírito Santo. O objetivo do programa é recuperar 5.000 nascentes em dez anos. 

Ao longo da bacia do rio Doce, 80% do esgoto doméstico segue para os rios sem tratamento. Para mudar essa realidade, a Fundação disponibilizou R$ 500 milhões para projetos de saneamento para os 39 municípios impactados. Até o fim de julho de 2019, foram enviados 211 pleitos pelos municípios. 

São José do Goiabal, Rio Casca e São Domingos do Prata, em Minas Gerais; e Colatina, no Espírito Santo, foram os primeiros a receber verbas. 

Na área de restauração ambiental, serão reflorestados 40 mil hectares de Mata Atlântica na bacia do rio Doce. Até fevereiro de 2020 serão plantados 800 hectares nos municípios de Governador Valadares, Coimbra, Periquito e Galileia, em Minas Gerais; e Colatina, Marilândia e Pancas, no Espírito Santo. A área equivale a 800 campos de futebol. 


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