A equipe protocolou o pedido para que fosse implantada a delegacia da mulher em Mariana, pela Câmara, por meio de seu mandato parlamentar. Foi encaminhada uma cópia desse pedido para o delegado da Polícia Civil de Mariana, Cassiano Castellucci Arantes, que apreciou a ideia e pontuou, inclusive, que já vai preparar a delegacia da Polícia Civil para oferecer um atendimento exclusivo para as mulheres.
Entrevistamos o vereador, que pontuou: “A gente espera ter espaço físico, futuramente... o ideal é ter um espaço somente para funcionar a delegacia da mulher, separada da delegacia comum. Porque, muitas vezes, a mulher pode se sentir constrangida de levar denúncias de violência doméstica e agressões em ambientes masculinos, então essa questão de ter uma delegacia específica para mulheres seria para que elas se sentissem mais à vontade e mais seguras ao fazer as denúncias de violência.”
Vilas Boas enfatizou que é importante que a delegacia seja implantada o quanto antes. Esclareceu que irão encaminhar o pedido para a Assembleia Legislativa de Minas Gerais, por meio do deputado estadual Cristiano Silveira (Partido dos Trabalhadores), que está apoiando a causa.
Além disso, a proposta vai ser encaminhada até o governo do estado, em função de que o sucesso da resolução depende, também, deste. E essa é uma movimentação importante, da qual o mandato atual e a Comissão de Direitos Humanos de Mariana estará à frente.
Cristiano explica que, apesar de urgente, o pedido não depende unicamente das vias de ação municipal: “Vamos ter que articular bastante com a Assembleia de Minas e com o governo do estado, para que possamos ter essa delegacia da mulher funcionando em Mariana. E que pode, inclusive, ser uma delegacia regional, porque sabemos que um dos critérios verificados pelo estado para implantar esta delegacia é o número de habitantes, então se atendermos Mariana, Ouro Preto, e Itabirito, por exemplo, ficaria mais fácil de conseguir esta destinação.”
E por qual motivo a cidade de Mariana?
Mariana tem uma taxa elevada de violência contra a mulher, e abriga muitos moradores vindos de diversas partes do país e, até mesmo, do mundo. O desconhecimento do histórico desses homens pode promover um aumento do número de casos de violências contra as mulheres. Além disso, Mariana é uma cidade turística e universitária, com um perfil de abrigar um público feminino que está vulnerável a essas ações.
Existem casos fora dos registros e estatísticas que, por vezes, não são apontados nos números oficiais por falta de denúncias. E isso acontece em função da não existência desse espaço adequado para a mulher realizar e encaminhar essas denúncias.
O vereador destaca: “E, enquanto presidente da comissão de direitos Humanos da Câmara Municipal de Mariana, eu e minha equipe temos essa preocupação e esperamos que possamos ter essa delegacia da mulher funcionando o quanto antes em Mariana para que as mulheres se sintam mais seguras”.
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