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Superação

Pedro: a dor não é ponto final (Parte final)

A trajetória da vida é marcada por obstáculos que não esperamos precisar passar. Todavia, precisamos encará-los como vírgulas e não como pontos finais.

Publicado em 21/12/2018 às 07:00

(Foto: Divulgação)

Sinopse: Pedro era um jovem comum, que procurou o mountain bike com o objetivo de perder peso. Sempre pensando que marcar positivamente outras pessoas é mais importante do que adquirir bens para si, em várias de suas competições, doou as medalhas para meninos que gostaria de incentivar. Tudo ia bem, completara 5 anos de treino e disputas de edições dos campeonatos Intercity Mountain Bike e Iron Biker Brasil, quando descobriu uma doença que o impediu de prosseguir.

Para quem não leu a parte 1:   https://mariana.portaldacidade.com/noticias/esportes/pedro-a-dor-nao-e-ponto-final-parte-1

Para quem não leu a parte 2: https://mariana.portaldacidade.com/noticias/esportes/pedro-a-dor-nao-e-ponto-final-parte-2

Parte 3:   

As dificuldades vêm para nos lapidar, só que às vezes, por não saber lidar com elas, ficamos machucados, resistentes, nos fechamos. Para vencer é necessário não ficar só, perseverar, avançar. A vida é cheia de batalhas e é preciso lutar para sobreviver. E a guerra não é apenas de quem passou por algo como o câncer, mas também por outras doenças, pela perda, pela frustração, pelo vício, é também de quem precisa ir contra o desânimo e levantar da cama para superar mais um dia, buscando a esperança do hoje.

Cerca de um ano e meio de tratamento, trinta sessões de radioterapia sem intervalo, quase 50kg perdidos, toda uma rotina modificada, mas acompanhados por uma vontade de ser vencedor. Segundo Alessandra Morelle, oncologista do Hospital Moinhos de Vento no Rio Grande do Sul, considerar o câncer curado quer dizer que ele não ocorra de novo e para isso cinco anos é uma quantidade adequada de tempo para que a doença mostre evidência de recorrência. Pedro foi curado.

Um tempo depois que sua certeza chegou, ele decidiu retomar ao esporte, porém, sem sucesso. “Vi uma frase que me chamou muito a atenção, ‘sem dor não há vitória’”, afirma ele sobre como foi quando tentou e percebeu que não estava preparado. Apesar de buscar forças, se via frustrado, tomado pela dificuldade, mas com o anseio de superar a cada dia.

No processo da tentativa de retomada, algumas vezes sentia a visão escurecer e a falta de ar com a qual hoje ainda convive, mas se esforça para melhorar juntamente com o condicionamento físico. Diante das limitações, ele se sentia como se a vida estivesse lhe testando, querendo ver o seu melhor e a sua superação.  

A vida segue, um dia após o outro completamos a caminhada que nos é proposta nesse mundo. Pedro conclui que apesar das dificuldades que enfrenta, não há tempo para reclamar.  “Quero agradecer primeiramente a Deus por ter me dado essa oportunidade, a toda minha família pelo zelo. Mãe, pai, irmã, sobrinho e principalmente minha esposa, que não mede esforços para caminharmos juntos. E a vocês da redação do jornal também”, finaliza.

Nós, do Portal da Cidade, agradecemos pela honra de poder compartilhar essa história e encorajar pessoas que estão passando por uma situação semelhante. Obrigado ao Pedro, que dividiu conosco um pouquinho de sua vida particular e à Kelly, que nos procurou para que essa preciosidade alcançasse a outros.

 

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