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Saúde em MG

Dengue em Minas Gerais: estado enfrenta risco de epidemia e anuncia vacinação

Ministério da Saúde alerta possibilidade de dengue nos próximos meses.

Publicado em 24/01/2024 às 10:19

Em dezembro do ano passado, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação da vacina da dengue Qdenga ao Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é que o novo imunizante comece a ser aplicado em fevereiro deste ano. (Foto: Pixabay)

Minas Gerais pode viver uma epidemia de dengue nos próximos meses, segundo alerta do Ministério da Saúde. O estado registrou mais de 400 mil casos da doença em 2023, um aumento de 17,5% em relação ao ano anterior. Uma morte foi confirmada em 2024 e outras 14 estão em investigação.

O secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, anunciou nesta terça-feira (23) que o estado vai decretar situação de emergência em saúde, em função do alto número de casos. A expectativa é que o decreto seja publicado no Diário Oficial até o fim de semana.

Baccheretti disse que o comportamento da dengue em Minas Gerais é semelhante ao de anos considerados graves, como 2016 e 2019. Ele atribuiu o aumento dos casos às mudanças climáticas, ao período chuvoso, às temperaturas elevadas e à mudança do sorotipo do vírus.

Além da dengue, o estado também enfrenta o risco de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como chikungunya e zika. Foram registrados mais de 3 mil casos de chikungunya e dois casos de zika em 2024.

Para combater o avanço das arboviroses, o governo estadual anunciou que vai receber doses da vacina contra a dengue Qdenga, que foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em dezembro do ano passado. A vacinação deve começar em fevereiro e priorizar crianças e jovens.

O Ministério da Saúde informou que vai investir R$ 256 milhões em programas de combate às arboviroses em todo o país. Entre as medidas, está a ampliação do método Wolbachia, que consiste em liberar mosquitos infectados por uma bactéria que impede a transmissão dos vírus.

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do ministério, Ethel Maciel, pediu que a população colabore com a eliminação dos focos do mosquito, que se reproduz em locais com água parada. Ela também orientou que as pessoas procurem atendimento médico em caso de sintomas como febre, dor de cabeça, dor no corpo e manchas na pele.

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