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Reunião

UFOP propõe acordo para a Arquidiocese marianense

Em reunião, reitora sugere regime de comodato de 10 anos

Publicado em 09/02/2018 às 06:40
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Câmara Municipal de Mariana (Foto: Portal da Cidade)

Na última quarta-feira, 7, aconteceu, na Câmara Municipal de Mariana, uma reunião entre membros da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e da Arquidiocese, que visava encontrar uma solução para a questão referente à permanência, ou não, do Instituto de Ciências Humanas e Sociais (ICHS) no terreno em que está localizado atualmente. O encontro, também, contou com a participação de seis vereadores e foi presidido pelo vereador, Fernando Sampaio, além de contar com a presença da chefe do Conselho Municipal do Patrimônio Cultural (Compat), Ana Cristina Maia.

A reunião não foi aberta à imprensa e interessados - que não fossem representantes das duas instituições- , teve, desde seu início, às 14h e 10 minutos, um tom de conciliação e foi ditada a partir de análise de propostas para a solução do problema presente. Segundo representantes da arquidiocese, até aquele momento, a universidade ainda não havia elaborado uma proposta oficial que favorecesse os dois lados.

O representante jurídico da Arquidiocese, José de Anchieta, salientou que seu cliente apenas entrou com uma ação contra a UFOP após tomar conhecimento que o Ministério Público havia entrado com uma ação contra o órgão religioso. Mesmo com o processo jurídico acontecendo, porém, a arquidiocese sempre se mostrou aberta ao diálogo.

A reitora da UFOP, Cláudia Aparecida Marliére, propôs, então, um regime de comodato - empréstimo gratuito, com devolução do espaço em um dado período estipulado - de 10 anos, julgando ser o tempo necessário para que a universidade possa construir seu novo espaço, onde seriam alocados os cursos presentes no ICHS. A retirada do instituto da cidade de Mariana, de início, não é cogitada, pois, segundo a própria reitora, ele está presente há muitos anos na cidade.

A relação as duas partes envolvidas nem sempre foi amistosa, porém, a reitora fez questão de solicitar que o passado fosse deixado para trás, pois, a atual gestão sempre buscou uma relação mais próxima entre as organizações.

Em um dado momento, foi colocado em discussão o fato de algumas manifestações pró-UFOP terem ofendido, de alguma forma, a entidade religiosa. Representantes, da universidade, por sua vez, alegaram que em momento algum desrespeitaram a arquidiocese em qualquer nota oficial e, ainda segundo a universidade, não é possível controlar os alunos.

Por fim, foi decidido que a proposta do regime de comodato seria levada para a discussão entre os membros do conselho arquidiocesano, por meio do Cônego Lauro Sérgio Versiani Barbosa. Não houve, porém, a resposta para o questionamento de quando seria obtida uma resposta definitiva.



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