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Trilhas e trechos

Parque Estadual do Itacolomi vai integrar trecho da Transespinhaço

Uma expedição criada por voluntários vai colocar Ouro Preto e Mariana no mapa das trilhas de longo percurso, que trazem desenvolvimento econômico.

Publicado em 22/11/2020 às 06:45
Atualizado em

(Foto: Osvaldo Vasconcelos)

O Parque Estadual do Itacolomi fará parte dos roteiros para fãs de longas caminhadas e do ciclismo de montanha. Voluntários e servidores do parque deram início na última terça-feira (17) a uma expedição que vai percorrer uma área total de 17 km dentro do parque, desde as proximidades do Pico do Itacolomi até Mariana.

Essa fase da expedição tem como propósito conectar as trilhas do Parque a outras 19 unidades de conservação administradas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) a propriedades privadas que vão fazer parte de uma super trilha: a Transespinhaço. 

De acordo com a gerente do parque, Maria Lúcia Coimbra Cristo, a Transespinhaço é uma trilha de longo percurso, de cerca de 1,5 mil quilômetros, que vai envolver 41 cidades mineiras.  

Ela vem seguindo uma tendência nacional, que também já vem se manifestando em outros países. A mais conhecida é a de Santiago de Compostela, na Espanha, mas existem outras. “Agora Ouro Preto e Minas Gerais vão entrar nesse mapa de grandes trilhas. Na expedição, primeiramente, vamos identificar em uma unidade de conservação, trilhas que não passem em lugares sensíveis, em lugares que possam causar grandes impactos. Depois faremos o georreferenciamento pensando em uma trilha confortável para o caminhante, mas que também seja um desafio.” 

Ainda segundo Lúcia, por onde as trilhas vão passar, elas vão trazer desenvolvimento econômico. “Sempre terá demarcação na trilha de áreas de descanso e alimentação, elas vão trazer para as comunidades que têm um turismo incipiente, uma possibilidade de renda." 


 Foto: Divulgação/IEF

Segundo a presidente da Federação de Montanhismo e Escalada do Estado de Minas Gerais e coordenadora geral da Trilha Transespinhaço, Giselle Saraiva de Melo, no Brasil, a Transcarioca já está no mapa das grandes trilhas e por estar 100% pronta serve de base para todas as outras. "Estão sendo implantadas mais de 50 iniciativas que fazem parte da Rede Brasileira de Trilhas, dentre elas a Transmantiqueira, e agora, a Transespinhaço".

De acordo com Maria Lucia, os gestores públicos e os voluntários do projeto se concentraram nas atividades de implementação, sinalização e gestão dos caminhos ecológicos. “Quando a fase da implementação acabar, nossa trilha mineira será sinalizada e escolhemos a sempre-viva, planta símbolo do cerrado, como a característica da sinalização que vai nortear o caminhante, causando pouco impacto ambiental”. 

Sem prazo de encerramento, a ação é exclusivamente voluntário e financiado por meio de campanhas de doação. Além disso, de acordo com a gerente do parque, existe todo um trabalho com os proprietários para conscientização sobre a importância dessa trilha dentro das propriedades deles e sua autorização. “É um movimento que agrega pessoas e instituições. A gente tem dado todos os esforços e envolve várias questões como o voluntariado, condições climáticas e financeiras.” 


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